Quem atende crianças no consultório conhece a intensa dificuldade em se conseguir a aderência dos pais ao acompanhamento psicológico enquanto seu filho se submete à Ludoterapia (a Psicoterapia com Criança).
Têm receios e defesas para aceitarem um acompanhamento rotineiro, e nós, os psicoterapeutas devemos nos posicionar quanto a isto.
Eu, não aceito atender qualquer criança sem que os pais sejam acompanhados, e isto pode ser realizado por uma colega ou por mim mesma, caso eu veja que não vou misturar os 2 canais de diferentes formas de atendimento.
Afinal, o Acompanhamento não é uma Psicoterapia do Casal.
O próprio nome descreve esta tarefa: serve para acompanhar a evolução do tratamento da criança, para que eles possam ajudar ao terapeuta em sua atividade.
Preciso saber como a criança está reagindo ao que está sendo abordado durante as sessões, assim como os pais terão um local onde poderão discutir, abertamente, sobre o que estão achando das mudanças ocorridas, como estão lidando com elas, e relatar as dificuldades que estão encontrando.
Enfim, o Acompanhamento dos Responsáveis é um local de e apoio necessários ao tratamento de seu filho, sem o qual, eu não posso trabalhar.
Quando os pais não possuem este local de acompanhamento e apoio, é comum que suspendam o tratamento infantil sem sequer comunicar ao psicólogo.
Neste caso, esta criança que antes lidava com seus conflitos se utilizando de defesas egóicas específicas, pode ficar agora sem estes recursos, e com isto, piorar seus sintomas.
Por isto não aceito tratar de uma criança sem que os pais ajudem neste tratamento, através de um Acompanhamento, que se distancia completamente de uma Psicoterapia de Casal.
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